Merry Christmas...

          
          Nazaré, cidade da Galiléia, norte da Palestina, José acabara de chegar de mais um longo e cansativo dia de trabalho. Viviam ali, em uma casa pequena construída de barro.
Janelas e portas abertas, lá estava ela, seu nome, Maria, Maria de Nazaré, mulher calma, singela, olhar doce, encantadora. Olhava fixamente pela janela, pensativa, parecia esperar alguma coisa, de repente, uma aparição, diante de seus olhos, um anjo, a olhou e anunciou: “Salve cheia de graça, o Senhor é contigo.” Foi anunciada a virgem que daria à luz um filho e que deveria ser chamado Jesus. E disse mais: que seria chamado filho do Altíssimo, filho de Deus, o prometido Messias. O anjo disse que Jesus seria grande, não grande diante do Senhor, mas seria o próprio Senhor que assentaria no trono de Davi.
Maria ficou assustada, era realmente inacreditável!!! Simplesmente não conseguia acreditar no que estava acontecendo, o anjo lhe contou mais, que sua amiga Isabel também daria luz a um menino que se chamaria João, João Batista, cuja missão seria estar adiante nos passos de anunciação de Jesus, quando Maria perguntou como se daria tal coisa, pois era virgem, o anjo anunciou que seria uma concepção do Espírito Santo. Então, Maria perguntou seu nome e sumindo meio a luz das velas, disse ele: Gabriel, arcanjo Gabriel...
No outro dia Maria foi correndo visitar Isabel e Zacarias nas montanhas de Judá, Zacarias era um sacerdote judeu e Isabel sua esposa, chegando lá outra revelação do Espírito Santo, Isabel lhe saúda clamando: “Bendita és tu entre as mulheres, e bendito é o fruto do teu ventre”, o anjo havia aparecido pra Isabel também e anunciado seu filho, há seis meses atrás, disse ele: suas orações foram ouvidas por Deus, mesmo você sendo estéril vai dar a luz um menino que deve ser chamado de João, João Batista, ela já estava no sexto mês de gestação, Maria chorou durante horas, não conseguia acreditar na glória que estava acontecendo. Ficou um tempo nas montanhas de Judá com Isabel e Zacarias, depois de um tempo retornou a sua cidade, Nazaré.
Durante esse período Maria e José foram obrigados a ir para Belém, uma cidade do sul da Judéia, pois um decreto novo de Otávio Augusto, responsável pelo senso dos judeus foi feito e dizia que todas as pessoas que viviam no mundo romano tinham que se alistar, registrar seus nomes e José era de Belém, chegando lá não tinham onde comer, nem onde dormir e após essa longa viagem conseguiram achar no alto de uma montanha, um estábulo, onde teriam que passar aquela noite.
Era noite, quente, do dia 25 de Dezembro, Maria sentia uma leve brisa em seu rosto vinda do alto, o céu estava completamente estrelado, uma noite muito diferente, foi ai que Maria simplesmente concebeu Jesus, muito aflita, estava cansada, o menino nasceu em silêncio, sem choro, pastores da época diziam ter visto anjos no céu e cantavam: “Glória a Deus nas alturas, paz na Terra, boa vontade aos homens de bem” após o nascimento do menino, vieram 3 magos, sábios do Oriente, diziam ser amigos, vieram ver o Messias recém-nascido e traziam presentes a ele, Maria estava assustada, o primeiro lhe deu ouro, o segundo lhe trouxe incenso e o terceiro lhe deu mirra, foi ai, que iniciou a grande jornada de Jesus Cristo na Terra... Um maravilhoso Natal com muita paz e muito amor a todos vocês...

Que Jesus nos abençe.

Rodrigo Bastos

Rio, 24/12/2010 – 22:22hs
    

Por onde passava deixava sua marca.


Por onde passava deixava sua marca.
Era apenas um menino, pra lá de sonhador.
Desde pequeno despertou um amor muito grande pela vida.
Encantador, o menino vivia sorrindo até quando não devia.
Tirava sorrisos até de quem não queria.
Vivia em seu mundo, voando...
Como um pássaro.
Calmo e agitado.
Na expectativa e na ansiedade de como ia ser sua vida.
Um belo dia, o menino viajou com sua família pra um hotel chamado Vilarejo e Acalanto em conservatória, estado do Rio de Janeiro.
Viajou com sua família e mais uma família amiga, onde existiam mais 2 personagens que aqui irei chamá-los de Rafael e Simoni, seus amigos.
Na cidade da seresta, serenata e solarata, como assim é reconhecida. É a cidade da vida, do amor e da paixão, uma cidade linda, mágica, onde acredito ser um dos únicos lugares que realmente existem milagres.
Era noite de sábado de janeiro de 1994, seus pais resolveram fazer um passeio em Valença, onde existiam as verdadeiras serestas e serenatas da vida.
Ao descer a rua, resolveram entrar em um bar, onde existia um senhor sentado ao fundo com um violão e uma outra mesa, logo no início, com um casal e uma menina. O senhor tocava aquela música com tanta vontade que parecia clamar por alguém, de repente um amor perdido.
 Iniciava então, a noite, com uma lua cheia linda e com as estrelas saltando de tanta emoção.
Ao entrar no bar, ele percebeu logo aquela menina, loira, olhos verdes, aflita, linda, olhando fixamente pra ele.
Mas imaginou que a menina fosse mais nova e brincou com o Rafa, dizendo que ela era pra ele, já que era tão nova. Nova, olha só, ele tinha apenas 10 anos de idade...
Não demorou muito e chamaram logo ela pra brincar, de pique esconde, na praça, frente ao bar, nessa praça tinha uma árvore e um jardim bem grande, dava pra brincar a vontade.
Começaram a brincar. Ah, já estava me esquecendo, o nome dela, Ana Carolina.
Brincaram, brincaram e brincaram, já não tinham mais nada pra fazer, foram ficando cansados e só os restava conversar, perguntou a idade dela, 10 anos. Olha só, a minha idade! Gostei! (pensou ele).
Lembrou que ela contou de sua mãe, que estava ali sentada no bar com seu padrasto e que ela estava muito aflita e triste porque estava se sentindo muito presa, e por causa dele, sua mãe não deixava ela fazer nada.
Milagre ou não ele acabou se encantando pela menina. Após alguns minutos conversando, aquelas brincadeiras de criança já não tinham mais graça pra ele e mesmo sendo criança pediu pra sua amiga Simoni conversar com ela e lhe contar que gostaria de sair com ela.
Ficou ansioso, aflito, foi pra trás da árvore, ela falou pra Simoni que ia, mas que tinha que ser rápido pois se seu padrasto visse ia tomar uma grande surra.
Esperou alguns minutos e logo ela apareceu, linda, ficaram se olhando um tempo sem falar uma palavra sequer e logo começaram a se beijar sem parar, não conseguiram mais parar, a única coisa que faziam era ficar olhando um nos olhos do outro e continuar a beijar.
Logo sua mãe lhe deu um grito e ela foi correndo falar com ela.
Simoni e o Rafa foram falar com ele atrás da árvore e ficaram perguntando como tinha sido, o que ele tinha sentindo, se tinha gostado, curiosidade de criança.
Ele não soube responder, ficou com uma cara de babaca e não teve palavras pra explicar, nessa hora percebeu que tinha uma senhora que presenciou todo o momento mágico que ali acontecera, enquanto conversavam, o menino pediu uma caneta e um papel pra anotar o telefone da menina para seus amigos, foi ai então, que ouviu uma voz que era da senhora, pedindo licença por se intrometer, mas ela tinha uma caneta, só não tinha era um papel, seus olhos brilharam de tanta felicidade.
Ela voltou, seus amigos voltaram pra dentro do bar e ele pediu seu telefone, anotou, lembrara até hoje o telefone dela, 325-0118, Ana Carolina, anotou em sua mão, ela disse que seus pais já estavam indo embora e os do menino também tinham que ir, pois o ônibus que viera buscar eles já estava lá em cima na rua, buzinando.
Se despediram, deu o último beijo nela, quase que sentia seu coração sair pela boca de tanto bater. Fez um pedido, se podia o acompanhar e subir a rua com ele pra ficar mais um pouquinho com ela, queria muito senti-la nem que fosse por mais alguns minutos, mas disse que se fosse, sua mãe ia bater muito nela depois.
Bem, seus pais já iam saindo do bar e o chamaram, foi até eles e começaram a subir a rua, bem devagar, não conseguiu conter, as lágrimas rolavam, sem parar, foi ai que escutou um barulho, era ela, que chamara seu nome, Rodrigo! Veio correndo, deu a mão a ele, se olharam, sua família e seus amigos sorriram e a fiz uma pergunta:_E sua mãe, seu padrasto e se eles te baterem, o que você vai fazer? Ela respondeu:_Não importa. E continuaram subindo, lembra que foi o último a subir no ônibus, quando não dava mais, saiu correndo, subiu no ônibus e foi correndo pelo corredor direto pra última janela, precisava continuar olhando ela enquanto o ônibus partia, foi ai que percebeu que estava completamente apaixonado pela primeira vez em sua vida. Depois disso, lembra que chegou no hotel chorando, adormeceu e acordou dando um pulo da cama, seus primeiros pensamentos foram:_Esqueci de anotar o telefone dela! Mas a sorte foi que ainda lembrara de cabeça, 325-0118, pegou um papel e anotou.
Chegando ao Rio começaram a se falar pelo telefone e continuaram mantendo contato até seus 14, 15 anos de idade, mesmo sem se ver, pois naquela época, não podiam sair sozinhos de casa, Barra e Bonsucesso era muito distante e ainda não existia linha amarela.
Pois é...Esse foi seu primeiro beijo, de língua, aos 10 anos de idade. Foi uma paixão linda que iniciou ali e continuou até alguns anos mais tarde, até que ficou um tempo sem ligar pra ela e quando ligou, atendeu um cara, dizendo que era o novo dono daquele apartamento na Barra. Nunca mais ouviu falar dela.

Rio, 30/11/2010 – 00:05hs

Rodrigo  Bastos.

Um pássaro



As coisas deveriam ser do jeito que a gente deseja.
Encontros.
Desencontros.
Momentos maravilhosos.
Outros nem tanto.
O mundo cai, desaba em pranto.
De onde estou, escuto as ondas do mar.
Olhos pela janela, de repente um pássaro voa.
Caminho e respiro, bem fundo.
Fico ali por um tempo,
parece que o mundo pára.
A natureza é realmente maravilhosa, jamais
Imaginei ver um pássaro desses voar...
Voar...

Rio, 08/11/2010 – 20:42

Rodrigo Bastos.

Não sei mais o que fazer


Ninguém sabe.
Sorrisos singelos e doces escondem a dor durante o dia.
Passos acontecem 3 há 4 vezes durante a noite.
Casa cheia.
Todos tentam se acalmar, cada um com seu próprio artifício.
Alguns, pra esconder mais problemas, fingem não existir.
Outros, preferem ficar mais perto, como se tudo fosse acabar.
Outros ligam, chorando, com muito medo de perder.   
Daqui sinto o cheio de hortelã , mas prefiro não ficar perto.
Olho pro lado, vejo sua barriga mexendo, está respirando.
Inquieto, rezo, rezo e peço pra levar ou pra que cesse a dor.
Levanto, pergunto como está, com lágrimas nos olhos diz:_Meu filho, não é brincadeira, dói muito!
Meu coração fica completamente destruído.
Partes pra todos os lados.
Penso, depois, como será?
Os dias de todos são aflitos, como se estivéssemos esperando alguma coisa.
Será hoje?
A incerteza faz as lágrimas rolar, sinto cada gota passando.
Algo sério vai acontecer.
Não sei mais o que fazer.
Rio, 25/10/2010 – 19:19

Por que?


Por que eu ainda me sinto sozinho? Eu não entendo, ainda tem um buraco!!!
Por que as pessoas precisam ficar velhas pra ter a consciência de que precisam fazer alguma coisa de suas vidas e de seu futuro? Será que elas não percebem que o futuro delas depende delas mesmas e que o mundo JAMAIS VAI MUDAR SE ELAS NÃO FIZEREM NADA!!!
Por que ontem eu era uma criança sonhadora, cheia de sonhos e vida e hoje, hoje eu não tenho mais escolha, sofro com coisas que não consegui realizar, almejo outras que podem vir a acontecer e muitas vezes me perco na minha própria vida!!!
O tempo passou, 27 anos se vão!!!
Muitos dizem que não tem como eu ter essa idade pelas coisas que falo, ajo e os conselhos que dou desde criança há muita gente. Amigos, tios, filhos de tios, pessoas de 40, 50, até 60 anos de idade, pedem conselhos e continuam pedindo seja pra seus filhos, amigos ou até pra eles mesmos, mas por que pedem pra mim??? Por que não procuram ajuda com outras pessoas também??? Eu não estou reclamando, eu amo ajudar, mas muitas vezes me sinto muito cansado, muito cansado mesmo, um cansaço na alma!!!
Outros dizem que sou muito novo pra me sentir assim, mas, o que isso importa???
Sei que já vivi muito, em muitos lugares, muitas vezes sinto muita saudade daqueles que deixei pra trás e que só vou ter a oportunidade de ver de novo daqui há muitos anos, pelo menos até eu ter a consciência do meu próprio estado de novo após ter passado por essa.
Parece que volta, todo ano é a mesma coisa, algumas coisas que já aconteceram comigo há muitos anos atrás quando ainda não habitava esse corpo voltam, simplesmente voltam. Sinto saudade, muita saudade de todos vocês, o tempo às vezes passa muito devagar e ao mesmo tempo que sei que preciso completar minha estada aqui, sei também do quanto sinto saudade e uma vontade insuportável de estar também ao lado de vocês. Podem achar viagem, loucura ou não, isso não me importa, o que importa é o que eu trago no coração!!!
Olho pro relógio no decorrer do tempo e não vejo diferença, em todos os mundos e lugares é a mesma coisa, o mesmo padrão, o mesmo crescimento, as mesmas indiferenças, problemas, tudo absolutamente igual, eu não entendo isso, as pessoas se misturam em drogas, se entorpecem em suas ridículas capas e poses escondias atrás de almas marcadas de dor e de sofrimento, mas não se mostram de maneira alguma, covardes, não sabem como isso é bom!!!
1:01hs da madrugada, meu aniversário, meu quarto, meia luz, computador, música, lágrima, muita lágrima e uma água que simplesmente não pára!!! Me sinto um pouco mais calmo, mas sei que essa saudade jamais irá me deixar...jamais irá me deixar... Parabéns Rodrigo.
Rio, 06/10/2010 – 1:11hs – madrugada
Rodrigo Bastos.

Até quando?



Covardia.
Dor, sentimentos de ódio, cólera, de revolta, mágoa, tristeza, rancor.
Tantos são os sentimentos que rodeiam o homem, que sem perceber passam por muitos sentimentos ruins que traz repercussões catastróficas na sua vida.
Tem coisas que acontecem conosco, que mexem muito com a gente e nos faz mudar, e é essa, a verdadeira mudança.
6 de agosto de 1945, EUA resolve acabar com a Guerra lançando a primeira bomba atômica do mundo, em Hiroshima.
Mais de 140.000 mortos, a cidade fica devastada, corpos completamente queimados, bebês de colo, sem cabeça.
9 de agosto de 1945, EUA resolve lançar mais uma bomba atômica, agora em Nagasaki.
Mais de 70.000 pessoas mortas, a radioatividade alcança quilômetros, mesmo as 100.000 pessoas que sobreviveram das duas bombas se encontram queimadas, parte de seus corpos sem pele, rostos desconfigurados, passaram-se anos e mesmo assim ainda sofrem preconceitos por terem radioatividade em seu corpo, muitos morreram mesmo depois de sobreviverem, com cancêr e outras doenças que a radioatividade causou.
Japoneses vão aos EUA para fazer cirurgias plásticas, algumas pessoas passam por mais de 30 cirurgias no corpo sendo necessário muito enxerto na recuperação de sua pele e de seu rosto.
Muitas mulheres não puderam ter filhos por causa da radioatividade, algumas tiveram mais de 6 abortos na tentativa de engravidar e vivem hoje com amigas, que também sobreviveram, sendo ajudados pelo governo japonês devido ao preconceito, pois não conseguem arrumar trabalho em seu próprio País.
E ainda assim, hoje, escuto pessoas falando pra tacar uma bomba atômica em Israel. Sei que muitas coisas são feitas erradas pela ONU, como por exemplo, deixar Israel atacar os palestinos, seus hospitais que só tentam salvar aqueles que estão fora da guerra e suas universidades. Tal lei tratada pela ONU diz que Israel não pode atacar suas escolas, nem seus hospitais como uma questão de honra, mas mesmo assim a destruição continua, sem que a ONU faça nada. Me pergunto, até quando essa guerra irá? E até quando deixaremos isso tudo acontecer, como se tivéssemos com nossos olhos fechados. Tantos são os vídeos que relatam tudo, com detalhes, então por que ninguém faz nada? Não existe justiça? Pra essas perguntas eu não tenho resposta, mas sei e tenho esperança que um dia isso tudo irá acabar e nossas diferenças uns com os outros na vida, irão dissipar...
Rio, 11/09/2010 – 17:09
Rodrigo Bastos.

"Silêncio..."


Atrapalha, cansa, desgasta.
Muita gente próxima, mas não entendem nada, não ajudam!!!
Falta, muita falta. Dias de muito, vésperas de nada.
Às vezes tudo cansa. Uma vontade de me isolar do mundo.
Temperamento volátil do ser, eu ser.
Humor indefinido, nunca sabe o que quer.
Pelo menos não me canso de mim, pelo menos eu me canso de mim.
Ansiedade, muita ansiedade. Necessidade de escrever!!!
Alguma coisa acalma quando isso acontece, mexe.
Vem o silêncio, quase que sentindo o caminho.
Quase não, sentindo o caminho, a direção, por onde seguir.
Como se falasse, no silêncio, mas só nele ela fala.
Como um sopro, sutil, quase não da pra ouvir, mas nunca falha.
Cheiro de mudança, muita mudança.
Silêncio...
 Rio,08/09/2010 - 14:00hs